domingo, 31 de janeiro de 2010

Oxfam: temperatura global deve aumentar em até 4 graus até 2100 - O Globo

Oxfam: temperatura global deve aumentar em até 4 graus até 2100 - O Globo

RIO - Os líderes mundiais devem falhar em seu primeiro teste ligado às mudanças climáticas desde Copenhague. O fracasso pode contribuir para que a temperatura global aumente em até 4 graus até o fim do século, segundo levantamento divulgado esta sexta-feira pela Oxfam International. A ONG antecipou-se ao prazo imposto pela Conferência do Clima (dia 31, domingo), para que os países divulguem suas metas de redução das emissões de gases-estufa.
Embora concorde que o aumento da temperatura não deva superar os 2 graus Celsius, a comunidade internacional ainda não conseguiu definir os cortes necessários para não extrapolar esta marca. Japão, Austrália e União Europeia já divulgaram seus projetos - são os mesmos apresentados na COP-15, considerada um fiasco por ambientalistas.
Os países desenvolvidos devem cortar, em média, de 12 a 18% de suas emissões registradas em 1990 - esperava-se que este índice chegasse a 40%.
Se as negociações continuarem pouco ambiciosas, a temperatura global aumentará em 4 graus Celsius até 2100. Segundo cientistas, este aquecimento fará com que 4 bilhões de pessoas sofram com as secas. A escassez de água será crítica na Europa ao menos uma vez por década - hoje, este fenômeno ocorre uma vez a cada 100 anos.
A Oxfam luta para a imposição de uma meta global de reduções baseada na capacidade econômica e nas contribuições históricas de cada país para a criação da crise climática. Com isso, a União Europeia, por exemplo, teria de cortar pelo menos 44% de suas emissões até 2020, considerando os níveis registrados em 1990. Trata-se de um percentual bem maior do que o anunciado pela UE (apenas 20%).
Os países desenvolvidos deveriam, também, sustentar um fundo mundial em que seriam depositados anualmente US$ 200 bilhões até 2020. Estes recursos custeariam a adaptação de nações em desenvolvimento a programas de tecnologia limpa. O Acordo de Copenhague, no entanto, pretende arrecadar apenas metade desta verba.


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