quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sustentabilidade tem preço

Sustentabilidade tem preço


Artigo do economista Eduardo Gianetti, referindo-se a uma tendência que deve se consolidar nos próximos anos. A 'contabilização' do custo ambiental dos produtos e serviços gerados, de modo a gerar um passivo tributável.

Assim como já acontece com a 'pegada de carbono', que gera débitos ou créditos de carbono, negociáveis entre empresas e governos, a tendência é que outros itens da pauta ambiental de uso comum, como utilização de água, energia (eletricidade, combustível), estradas, etc, passem a compor os custos de um produto, gerando tributação do mesmo modo que outros impostos são aplicados hoje, ou seja, gera débito e crédito, como o ICMS.

Dois comentários a respeito:

1 - A indústria papeleira já tem há muito tempo práticas ambientais bastante evoluídas, como manejo florestal, preservação de áreas naturais e tratamento de água, muitas vezes devolvendo ao ambiente água mais limpa do que retirou para seus processos produtivos.

2 - Na questão 'pegada de carbono' e utilização de energia limpa, o Brasil já entra com grande vantagem, por utilizar energia hidrelétrica, que não provoca resíduos poluentes, bem diferente da realidade dos paises do hemisfério norte, que geram muito CO2 para geração de energia nas termelétricas a carvão.

Também há uma tendência bastante forte para que as empresas passem a declarar nas embalagens dos seus produtos os impactos ambientais dele, assim como já é obrigatória a tabela nutricional em alimentos, por exemplo.

Vamos aprendendo a falar essa nova linguagem! As futuras gerações agradecem!!!!

Um comentário:

  1. A água empregada por reservatórios, indústrias e outras atividades, também já tem sua legislação, seu preço e a forma como pode ser utilizada.

    Essa tendência vem de longe, mas ultimamente tem tido mais ênfase, o que é bom.

    Para quem só entende a linguagem do Capital, é um caminho para a compreensão do significado e da importância dos conceitos como sustentabilidade, biodiversidade e outros similares.

    Na COPPE, há quase 1 década, tive uma cadeira sobre essa nova "economia", com os geniais Tolmasquin e Serôa da Motta.

    Lembro que achei muito interessante, Mas confesso que a coisa é complicada e difícil para quem, como eu, não está acostumada a cáculos complexos.

    De qq modo, tenho visto alguns progressos: só o fato de já estar nas pautas dos grandes jornais, popularizando um debate até então restrito a uma elite pensante, merece um voto de esperança.

    Fatinha

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